31/12/2013

Mãe Natureza

Às sextas-feiras, parto para retiro espiritual, durante três dias comungo com a Natureza. Como é bom adormecer com o piar do mocho e da coruja e acordar com o som da perdiz, a esgravatar a terra, junto à minha janela, é bom saber como canta o cuco e onde anda o gaio, as brincadeiras dos laparotos são por volta das seis da matina. Como é bom pressentir que a raposa andou de madrugada aos grilos. Da minha alegre casinha oiço o pulsar da Natureza, a escassos metros as Olas, o murmurar das águas com o seu ruído relaxante. É certo que estou isolado da civilização, o mercado mais perto é a treze quilómetros, Já me roubaram as placas solares e tenho que recorrer ao gerador, tenho dois poços de água. Por lá passam dois ribeiros, o da Cachinha e outro penso que filho de pai incógnito ou que se esqueceu de lhe dar o nome. Em cada chuvada recolho cerca de mil litros de água. A calma recupera os nervos e paz de espírito a alma.


AZENHA VELHINHA

Junto à velha azenha muitas vezes, o meu imaginário navegou no tempo, meditei pensando de quem seria a lápide funerária a escassos metros, sonhei com o ser lendário que ali teria sido sepultado. Nunca cheguei a saber, ali seria o termino de Civitas Baniensis, por ali teriam andado os romanos, mas também outros povos em busca do precioso ferro. Em frente situam-se os currais, as escarpas são de tal maneira íngremes que os animais que ali viveram não poderiam ter mais de duas patas um castro certamente.




AMANHECER EM CASAL VENTURA

A LARA TRARÁ UM NOVO ALENTO A "CASAL VENTURA"